segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Apelo da Hope of Mother

Cabul, Afeganistão

Outubro de 2011

Os ventos da mudança estão a varrer o mundo e estamos a entrar num período crucial da História da humanidade. Sucedem-se acontecimentos a que ninguém esperava assistir. O Afeganistão é um dos países onde se sentem esses ventos. Em breve, a NATO e outras organizações internacionais começarão a sair e os destinos do país serão transferidos para os líderes políticos e para as forças de segurança locais.

Essa transferência gradual afetará muitos afegãos que trabalhavam para essas organizações. Milhares de empregos podem estar em risco. A maioria dos afegãos não tem habilitações nem aprendeu qualquer profissão. Nos últimos 10 anos, muito milhões de euros foram investidos na Educação (em escolas e universidades). Ainda assim, os recém licenciados não têm um futuro no país. A única maneira de obterem emprego é emigrar, deixando o país sem matéria prima - homens e mulheres qualificados - capaz de o desenvolver.
A ONG afegã Hope Of Mother, em parceria com a portuguesa AMI, têm vindo a desenvolver um trabalho espantoso. Mas ainda há muito a fazer, no sentido da prosperidade económica do Afeganistão. Atualmente, a HOM está a desenvolver um projecto que visa angariar fontes de sustentação, que passa pela criação de um Centro Vocacional em Cabul, que dará formação a todos aqueles que quiserem aprender uma profissão.

Este projeto poderá assentar, por exemplo, em cursos profissionais pagos, como acontece na Europa, e também em estágios para alunos recém-licenciados à procura do primeiro emprego. Se se conseguir absorver os alunos das universidades, dar-lhes um emprego e evitar que os mais qualificados emigrem, o futuro do Afeganistão fica garantido.


Queremos elaborar um projeto sólido e bem estruturado, para o apresentarmos à União Europeia ou a outras instituições visando a obtenção de apoio financeiro. Apelamos a que nos ajude, contribuindo com ideias para a elaboração de um projeto credível. Envie-nos as suas propostas e sugestões. Contribua para a paz no Afeganistão.

Muito obrigado!

Octávio Vieira

Fotos HOM

sábado, 29 de outubro de 2011

HOM na Cimeira Reconstruir o Afeganistão

No passado dia 22 de outubro, a Hope of Mother marcou presença na Cimeira Reconstruir o Afeganistão, que decorreu na Universidade de Berkeley, na Califórnia.

Este evento decorre anualmente, desde 2004, com o objetivo de mobilizar a comunidade local no sentido de colaborarem com as organizações, empresas e entidades empenhadas no desenvolvimento do Afeganistão.

Nele participam organizações não governamentais, empresas, doadores, investidores e líderes políticos.


Dina Azim foi uma das representantes da Hope of Mother no evento. Ao longo do dia em que duraram os trabalhos, Dina foi partilhando no Facebook algumas impressões...
"Sentada aqui, na Cimeira para a Reconstrução do Afeganistão na U.C. Berkeley, a ouvir grandes oradores! Um mostrou um vídeo de uma menina de 6 anos recolhendo doações, como roupas, brinquedos, etc, e de tão pequena que ela é, ela coloca-as num grande saco de lixo preto maior do que ela, põe o saco ao ombro e vai embora com tanta alegria! O vídeo emocionou muitas pessoas até às lágrimas... Gostava de poder 'postar' aqui o vídeo para que o pudessem ver! Há esperança e um futuro brilhante para as crianças afegãs..."
 "Educação, Educação, Educação! É o principal foco/ponto de convergência para a reconstrução parcial do Afeganistão. É isso que as crianças querem. Há muito mais trabalho a fazer e vamos fazê-lo (através de pequenos passos). A sociedade não pode perder a esperança no Afeganistão..."

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Protagonismo nas Nações Unidas

"As crianças e os conflitos armados" é uma das prioridades da Alemanha enquanto membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU (CS), para o biénio 2011/2012. No segundo semestre de 2011, a Alemanha preside ao CS e, fazendo jus a essa responsabilidade, a missão alemã nas Nações Unidas promoveu uma campanha de sensibilização para o tema, apelando ao envio de fotografias, desenhos, material áudio que pudessem, de alguma forma, responder à questão: "Porque devem as escolas em ambientes de guerra ser protegidas?"

O resultado final consta de um slideshow intitulado "Protect my School" (ao fundo da coluna da direita), apresentado numa reunião de trabalho a 30 de junho. Nele surgem duas fotos da Escola Shawl Pacha.



Foram ainda publicadas duas fotografias da Escola Secundária de Pol-e-Charki, em Cabul, que está a ser beneficiada pelo contingente português em missão no Afeganistão.




A 12 de julho de 2011, por proposta alemã, o Conselho de Segurança aprovou a Resolução 1998 que condena, entre outras coisas, "ataques contra escolas e hospitais" em contextos de guerra.
"Locais de aprendizagem e de locais de cura nunca deverão ser locais de guerra. Com a  resolução que hoje adotamos damos um passo em frente. Ela não só enfatiza que as escolas e os hospitais devem ser zonas de paz, respeitadas por todas as partes em conflito, como acrescenta 'ataques a escolas e hospitais' aos critérios dos meus relatórios anuais sobre crianças em conflitos armados." (Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, no Conselho de Segurança)

domingo, 23 de outubro de 2011

"Uma heroína afegã na despedaçada Tora Bora"


Durante uma visita à Europa, a convite da Fundação Europeia para a Democracia, Mina Wali é entrevistada pelo jornal turco em língua inglesa “Today’s Zaman”. Segue-se a tradução integral do artigo.


Mina Wali é uma das muitas heroínas no Afeganistão, um dos países mais pobres do mundo, com condições de vida extremamente abjetas. Depois de passar 28 anos na Califórnia, um dos estados mais belos e mais ricos dos EUA, Wali decidiu regressar à sua terra natal no Afeganistão em 2003, porque sentia necessidade de fazer algo por seu país.

Wali fez algo ainda mais corajoso - ela foi até às encostas de montanhas de Tora Bora, a região mais perigosa do país onde Osama bin Laden se tinha estabelecido e gerido as suas operações globais durante muitos anos. O seu principal objetivo foi dar um humilde contributo para a sua terra natal abrindo uma escola após 28 anos de conforto, na Califórnia. Wali, durante uma visita a Bruxelas como convidada da Fundação Europeia para a Democracia, partilhou a história de seu regresso a Tora Bora.


Segundo o Índice de Desenvolvimento Humano da ONU (IDH), o Afeganistão ocupa o 155º lugar entre 169 países; a expectativa média de vida é de 44,6 anos e a escolaridade média é de 3,3 anos. Por outras palavras, o cidadão médio afegão não tem sequer a escola primária. Wali, que lançou uma escola em nome da organização Hope of Mother no sopé das montanhas de Tora Bora, em 2005, está a tentar oferecer uma educação de nível mundial a 500 alunos. O que é significativo acerca desta escola é que o número de meninas é superior ao de meninos. Sublinhando que a taxa de alfabetização entre as mulheres afegãs é apenas entre 5 e 8 por cento, Wali observa que há 260 meninas a estudar na sua escola.





A localização da escola tem um significado simbólico em alguns aspetos; o nome da cidade onde a escola foi aberta em 2006 é Torghar, o que significa Montanha Negra e está localizada nas encostas das montanhas de Tora Bora. Quando lhe perguntaram: "Porquê esta cidade", Wali responde: "Quando me casei, deram-me algumas terras como dote. Quando voltei ao Afeganistão, eu queria ver esta terra. Reparei que a terra localizava-se na base das montanhas de Tora Bora. Construímos a escola naquela terra. Desta forma, poupamos dinheiro e, para além disso, construímos uma escola numa região que necessitava muito de educação."

O primeiro rocket contra o Exército Vermelho durante a ocupação soviética na década de 1980 foi disparado nesta região. Wali diz que o que esta região precisa é de educação e livros em vez de armas.

"Tenho grandes expectativas em relação à Turquia"


Sublinhando o quanto o povo afegão ama e respeita a Turquia, Wali pede ajuda ao povo turco para a sua luta contra a iliteracia. Ela insta o governo turco a patrocinar iniciativas para abrir mais escolas na região para que as crianças possam ser salvas das ruas.


Observando o sucesso de escolas turcas no Afeganistão, Wali queixa-se das condições na sua região e pede à Turquia que considere este assunto.


Dizendo que estão a enfrentar sérios problemas financeiros, Wali explica, usando uma analogia interessante, como ela assegura apoio para a sua escola: "Quando eu volto à América, sou como uma mendiga. Peço dinheiro a toda a gente que encontro. Apelo aos meus familiares e amigos mais próximos que direcionem as suas esmolas para a escola."


Uma das razões para o seu regresso à pátria que deixou aos 17 anos era descobrir o destino de seu pai, Shaw Wali Khan, um dos primeiros pilotos no Afeganistão e assessor do rei afegão Zahir Shah. O seu pai desapareceu na década de 1970, enquanto estava preso na Base Aérea de Bagram, que atualmente está a ser usada pelos americanos. Se o seu pai está morto ou vivo ainda é um mistério. Se ele está morto, a sua sepultura ainda não foi identificada. 

Wali diz: "Eu trabalhei duro para descobrir o destino do meu pai quando voltei, em 2003. Não sabemos se está vivo ou não. Se ele está morto, não sabemos a localização do seu túmulo. Eu percebi uma coisa durante a procura pelo meu pai. Há milhares de famílias como nós; e a sua agonia é maior do que a nossa. Infelizmente, eu desisti de procurar o meu pai."


"Osama bin Laden só trouxe desastres para o Afeganistão"

Wali, que está em Bruxelas para participar num evento patrocinado pela Fundação Europeia para a Democracia após Osama bin Laden ter sido morto durante uma operação americana, diz que o líder da Al-Qaida explorou o povo afegão durante muitos anos. Notando que Bin Laden infligiu os maiores danos ao povo afegão e ao Afeganistão, Wali disse: "Quem ama e respeita essas pessoas? Segundo o Alcorão, somente Alá pode tirar a vida, ninguém mais. O Afeganistão vive num estado de guerra já há anos, mas já tinha muitos problemas para resolver. Então Bin Laden chegou e explorou o povo afegão." 


Wali argumenta que a Al-Qaida sequestrou e fez lavagens cerebrais a milhares de órfãos no Afeganistão. No entanto, as suas observações sobre os talibãs são mais brandas. Realçando que não foi identificado ou descoberto qualquer caso de corrupção durante a era talibã, Wali acredita que os casos de corrupção estão em ascensão durante a administração Karzai no Afeganistão. 

Wali diz: "Não tenho nenhum problema com os talibãs. Eu respeito o Islão. Os talibãs não me fizeram nada nem à minha escola até agora. Eu não paguei um centavo em subornos para abrir a escola. Devo observar que não há qualquer autoridade governamental no distrito da escola."
 

Ela não tem qualquer problema com os talibãs, mas tem havido algumas tentativas para a matar.Não tem ideia de quem o ordenou, mas diz simplesmente: "Eu poderia ser morta em qualquer altura. O que se pode fazer se este é o destino?"
Fotos HOM


Artigo em Inglês:
"Mina Wali, a heroic Afghan woman in war-torn Tora Bora", Today's Zaman, 19/06/2011

sábado, 22 de outubro de 2011

"Em Tora Bora, belas flores irão desabrochar"

Entrevista de Mina Wali por ocasião da sua deslocação à Europa, em maio de 2011, a convite da Fundação Europeia para a Democracia, onde participou num conjunto de conferências organizadas com objetivo de aproximar a sociedade civil afegã e o público europeu. (Tradução da entrevista)


Em vez de bombistas suicidas, é possível preparar "enfermeiros, professores, lindas donas de casa e bons maridos" em Tora Bora, uma das regiões "mais assustadoras" do Afeganistão e onde se pensou durante muito tempo que Osama bin Laden pudesse estar escondido, disse Mina Wali, fundadora de uma escola privada nessa área desfavorecida, ao "EurActiv" em entrevista.

Mina Wali viveu nos Estados Unidos 28 anos e regressou ao Afeganistão em 2005 para contribuir para o esforço de reconstrução em curso no seu país de origem. Em 2006, ela abriu a primeira escola da Hope of Mother, que tem 400 alunos.

Mina Wali fala com o Editor Principal do "EurActiv" Georgi Gotev.

Tinha apenas 17 anos quando deixou o seu país, o Afeganistão, que depois foi ocupado pelo exército soviético. Passou 28 anos nos EUA, mas um dia, em 2003, deixou a ensolarada Califórnia e voltou ao Afeganistão. Por que o fez e o que aconteceu?

Antes de mais, quero agradecer a oportunidade de fazer ouvir a minha voz. Gostaria também de agradecer à Fundação Europeia para a Democracia por me ter convidado a vir a Bruxelas.

Em relação ao porquê de eu ter saído da ensolarada Califórnia e ter regressado ao Afeganistão, tenho muito orgulho em afirmar que sou afegã e americana. Vivi 17 anos, os meus melhores anos, no Afeganistão, até o meu pai ter sido levado. Ele era um general da Força Aérea na base de Bagram e desapareceu. Não sabemos se ele está vivo ou não. Outros membros da minha família também foram capturados. Então, não tínhamos alternativa senão deixar o país.

A minha família estabeleceu-se na Califórnia, que tem um clima semelhante ao do Afeganistão. Durante muitos anos, eu nunca sonhei que um dia voltaria ao Afeganistão. Mas com a ajuda da comunidade internacional, houve uma esperança de que poderíamos voltar. E em 2003 eu visitei o meu país, para ver como estava.

Foi a minha curiosidade, o meu amor, a minha paixão, tudo estava no Afeganistão, especialmente o meu pai desaparecido. Eu sempre o procurei. Então vim procurá-lo, porque a dor que eu sentia era insuportável.

Quando eu cheguei em 2003, percebi que não era só eu, muitas outras pessoas sentiam a mesma dor, ainda pior do que eu. Havia pessoas que tinham perdido todos os membros de sua família. Então decidi: nós temos de ser uma equipa, temos de nos apoiar uns aos outros. Quando regressei aos Estados Unidos, decidi voltar. A minha formação é o ensino. Havia professores suficientes na América, mas eu poderia trazer algumas mudanças ao Afeganistão.


Dirige uma escola em Tora Bora, uma região famosa pelas grutas onde as forças americanas tentaram localizar Osama bin Laden. Estamos a ter esta conversa um dia após a sua morte. O facto de ele não existir mais: que significado tem para o povo do Afeganistão? A propósito, como é Tora Bora? Não são apenas grutas: deve haver alguma esperança em Tora Bora também, uma vez que dirige uma escola lá.

É por isso que a escola está lá, para levar esperança às pessoas. Graças à escola, as pessoas começaram a circular naquela área. A minha escola fica perto de Tora Bora, que nós chamamos de Torghar, o que significa Montanha Negra. No sopé da Montanha Negra fica a minha escola e, excetuando a montanha e a agricultura, não há mais nada. O primeiro rocket contra a União Soviética foi disparado a partir da área onde eu construí minha escola.

E é por isso que eu construí a escola, para não precisarmos mais de armas. Precisamos de canetas, precisamos de começar a nossa revolução com a educação. As pessoas são muito tradicionais nessa zona, mas aceitaram-me muito bem. É diferente de Cabul, que recebe muita atenção. Mas eu decidi que deveria beneficiar uma região desfavorecida. Esse foi o meu objetivo, e essa é a razão pela qual eu fui para uma zona rural. E os meus planos para o futuro seguirão esse princípio - não gosto de trabalhar em grandes cidades, onde todos estão concentrados.

Que mudanças há nas vidas das pessoas? Como é que a escola influenciou a vida na comunidade? Que matérias são ensinadas, apenas matérias curriculares ou os alunos também são ensinados a serem cidadãos e habilidosos nas suas casas?

Fazemos as duas coisas. Ensinamo-los a serem bons na escola, mas também a serem educados na sua vida social. Também trabalhamos com as famílias.

Eu, pessoalmente, dirijo-me à família e converso com eles, vejo que tipo de problemas têm. Nós criamos empregos para eles, para mulheres que não estão autorizadas a saírem de sua casa. E isto não acontece porque o seu marido é muito ruim, mas devido à sua cultura.

As pessoas acreditam que se uma mulher sai de sua casa, é porque o homem não é suficientemente bom para cuidar da família. Esta é uma área pashtun. Então levo-lhes coisas para elas fazerem em casa e depois compro-lhes e vendo. Quero trabalhar para tornar o programa sustentável. Não podemos estar sempre dependentes da ajuda de doadores.

 
Quantas escolas como essa são necessárias no Afeganistão? Talvez milhares?

Mais do que milhares. Não me quero gabar, mas posso dizer que a minha equipa está a trabalhar muito duro para que as pessoas se tornem alguém. Para que daquela zona, que sempre teve um nome assustador, belas flores desabrochem.

E não produzir terroristas?

Não, não produzir bombistas suicidas. Eu quero produzir enfermeiros, professores, lindas donas de casa, bons maridos, e vê-los com um sorriso e uma vida alegre.

A União europeia pode ajudar?

Ela já está a ajudar, mas podia fazer mais e nós adoraríamos ter o seu apoio. Portugal é membro da União Europeia, e apesar de ser um país relativamente pobre, oferece ajuda através da AMI [Assistência Médica Internacional], e eu estou grata ao seu presidente Fernando Nobre e à sua esposa, que me apoiaram e confiaram em mim. Somos uma equipa muito boa e trabalhamos muito bem juntos.


Esta é a sua primeira visita a Bruxelas? Pretende voltar e desenvolver os contactos que estabeleceu hoje?

Eu amo Bruxelas, eu amo as pessoas, e eu espero que eles me amem também. Eu adoraria voltar.

A morte de Osama bin Laden vai mudar as coisas no Afeganistão e talvez na região?

É uma boa notícia para todos. Não sei o quanto vai mudar, porque eu não sou política. Mas, definitivamente, haverá muitas mudanças, porque Bin Laden tem sido como um herói para aquelas pessoas, mas agora o herói desapareceu.
Fotos HOM

Entrevista original (em Inglês):
"At Tora Bora, 'beautiful flowers will bloon'", EurActiv, 04/05/2011


Excerto da entrevista (vídeo):



sexta-feira, 21 de outubro de 2011

"Aprender a escrever numa aula sem teto"

Reportagem publicada no "Expresso", a 28 de maio de 2011, que resulta das minhas visitas à Escola Shawl Pacha, em Nangarhar, e também à Escola Secundária de Pol-e-Charki, em Cabul, que está a ser recuperada e melhorada pelo contingente português em missão no Afeganistão.
Margarida Mota

Artigos complementares:

"Livros e lápis para meninos afegãos", Expresso Online, 30/07/2011

Dossiê "O Expresso em Cabul": O conjunto das reportagens publicadas no Expresso Online, durante a minha estadia no Afeganistão, de 8 a 18 de abril de 2011.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A minha visita à "escolinha da AMI"

Em abril de 2011, desloquei-me ao Afeganistão em trabalho para o "Expresso". Para grande felicidade, tive a oportunidade de visitar a "escolinha da AMI", em Nangarhar.


De regresso a Portugal, elaborei um powerpoint, num registo informal, com impressões pessoais desta viagem inesquecível.


































Fotos de Margarida Mota